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"Passados seis meses há uma verdade e é sobre essa que continuaremos a esclarecer as famílias madeirenses as vezes que forem necessárias", afirmou hoje Vânia Jesus, numa conferência de imprensa sobre os incêndios de agosto, realizada na freguesia do Monte.

A deputada lembrou que foram afetadas 251 habitações, apoiadas 113 e recuperadas 93 por intermédio do Governo Regional. Foi também "por ação e intervenção" do executivo madeirense que foram realizados os realojamentos.

Vânia Jesus referiu ainda que foi o Governo Regional que apresentou como solução ao Governo  da República, logo após os incêndios, a inclusão da totalidade das famílias nos apoios à recuperação. "Apresentou propostas, apresentou soluções que tiveram o chumbo por decisão de Lisboa, quer do Governo nacional, quer da Assembleia da República", afirmou, salientando que esta "é uma não vontade de Lisboa que ficou manifestada através dos chumbos do PS, do BE e da CDU" no que diz respeito à resposta a dar a 30% das famílias afetadas e que ainda hoje continuam com o seu problema por resolver.

A deputada salienta que só depois destes chumbos em Lisboa é que se começou a ouvir os partidos ao nível regional a falarem de uma carta de intenção por parte do Governo nacional "numa tentativa de correr atrás do prejuízo que causaram às famílias madeirenses" e de , "através de contra-informação" e de forma "pouco séria",  passar "na opinião pública que o Governo Regional é que não está a fazer o seu trabalho". 

Vânia Jesus adianta que "essa carta de intenção, que hoje é abanada e falada pelo PS", no sentido de ser criado pelo Governo Regional um quadro legal para que as famílias possam ser apoiadas pelo Prohabita, nada mais é do que aquilo que já foi apresentado pelo executivo madeirense, através da Secretaria da Inclusão e Assuntos Sociais e das propostas apresentadas e rejeitadas ao nível nacional.

A verdade, sublinhou a deputada, é que nada existe em concreto nem mesmo verbas no Orçamento do Estado para 2017. Ainda assim, afirmou, e apesar "desta não vontade" da República, o Governo Regional, na sequência do "trabalho intransigente e contínuo junto das famílias afetadas", apresentou soluções e deliberou que irá apoiar, através de um programa regional, na diferença que o Prohabita não apoia.  "Ou seja, o que Lisboa não dá, a Região irá assumir nesse apoio às famílias", sublinhou Vânia Jesus, adiantando que serão também apoiadas as famílias excluídas daquele programa. "A preocupação do Governo Regional é, efetivamente, no momento e pelos processos que estão a decorrer das habitações, acudir às situações das pessoas e fazer com que essas verbas cheguem", disse.

 

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