"Os funchalenses sentem diariamente o peso de uma mudança, o atrito de uma mudança, a burocracia de uma mudança, a apatia de uma mudança, a inatividade de uma mudança, a fricção de uma mudança."
É deste modo que o deputado Rómulo Coelho descreve o ambiente vivido no Funchal, com a gestão de Paulo Cafôfo.
Numa intervenção antes do período da ordem do dia, na Assembleia Legislativa da Madeira, afirmou que "Deixámos de ter um 'Funchal, Cidade Qualidade', passando a ter um Funchal abjeto, parado e com uma Gestão Camarária falaciosa, de sorriso trapaceiro".
Segundo o deputado, "no geral, não conseguimos perceber onde param as melhorias anunciadas ou o aumento da qualidade de vida da população". "Neste momento, temos uma cidade sem planeamento, de propaganda ilusória e de resposta morosa e burocrática para os funchalenses. Tudo tem um quê para esta vereação, desde o passado à dívida."
Rómulo Coelho saleinta que o "Executivo não tem um plano no seu horizonte nem uma orientação, qual catavento que define o seu azimute conforme a aragem". Mais, "a cidade está condenada ao abandono e vive claustrofóbica de comando", sendo "um nomeado a dirigir as tropas, sobrepondo-se aos autarcas eleitos e sufragados pelo povo".
Neste momento, refere o deputado, a cidade é sinónimo (de acordo com o dicionário) de um “cafofo”. Não do Sr. Presidente, mas sim do cafofo cujo significado se encerra num casebre pronto a desmoronar, onde tudo está estagnado, excepto, claro, a propaganda e a publicidade enganadora".
"Temos assistido a uma verdadeira cruzada para um show off que em nada dignifica o Funchal. As suas gentes anseiam pelo prometido e assistem, continuamente, ao crescimento de um mito, a uma fantasia que todos os dias regenera tapando o sol com a peneira, a uma vereação da ilusão."
Rómulo Coelho lembra que o Funchal era considerado e premiado como uma das cidades mais limpas da Europa, "um ex-líbris que a Mudança fez o favor de aniquilar". "As ruas estão sujas e não é o PSD que o diz. É a população e são os nossos turistas, aqueles que cá vêm há mais de 30 anos, e que visitam a região mais do que uma vez por ano! E só não está pior porque os profissionais da salubridade do município fazem tudo o que podem e melhor sabem."