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O Grupo Parlamentar do PSD considera que ficou, mais uma vez, demonstrado, na audição à Presidente da Comissão Executiva da TAP, que a Companhia olha para as rotas entre a Madeira e o Continente numa perspetiva meramente comercial, não existindo orientações específicas do maior acionista, o Estado, para que sejam assegurados preços acessíveis, numa lógica de continuidade territorial.

Nesta audição, requerida pelo PSD e realizada no âmbito da 2ª comissão parlamentar da Assembleia Legislativa da Madeira, Christine Ourmières-Widener admitiu que a Transportadora interpreta a estratégia nas ligações com a Madeira, com base na oferta e procura, explicando os preços elevados como resultado de uma maior procura relativamente à capacidade de lugares oferecidos.

Ou seja, a TAP, uma companhia de bandeira nacional, olha para a Madeira como um outro qualquer destino, sem qualquer preocupação para que seja assegurada a continuidade territorial e os direitos dos portugueses que vivem nesta Região.

A falta de sustentabilidade da ligação entre o Porto Santo e o Continente foi, novamente, referida pela Presidente da TAP como o motivo que levou à suspensão desta linha no Inverno.

Situação que o PSD lamenta, uma vez que, novamente, não foi equacionado o interesse público relativamente a este voo e à importância da sua manutenção, quer em benefício dos residentes, mas também como forma de responder à procura turística do destino.

Apesar de referir que a Madeira é vista como um destino especial, a presidente da TAP não esclareceu cabalmente quais as orientações que recebeu do Governo da República, tendo em conta que o Estado, a quem cabe assegurar a continuidade territorial, representa 97,8% do capital e já injetou na companhia mais de 3,2 mil milhões de euros.