O deputado Rui Marques felicitou hoje o Governo Regional pela sua capacidade de inovar, mesmo nos tempos mais difíceis, dando como exemplo dessa inovação o projeto dos nómadas digitais, implementado no concelho da Ponta do Sol.
Numa intervenção realizada na Assembleia Legislativa da Madeira, o deputado salientou que “a fibra de um Governo, vê-se, não em tempos de bonança, mas sim, em tempos conturbados, onde é necessário encontrar soluções, reinventar e inovar, face aos problemas que surgem”.
Rui marques realçou que “vivemos tempos difíceis e incertos, devido a uma Pandemia que nos atingiu há mais de um ano e que teima em não nos deixar”. No entanto, “graças ao Governo Regional do PSD/CDS que tem definido, por um lado, as estratégias certas e adequadas para a salvaguarda da saúde pública, e por outro, tem desenvolvido as engenharias financeiras para acudir as diversas áreas da nossa sociedade, até ao momento, sem qualquer ajuda do Governo da República, temos conseguido superar as inúmeras dificuldades que esta pandemia nos tem colocado pela frente”.
E, segundo o deputado, “foi em pleno contexto de adversidade que surgiu uma das iniciativas mais procuradas até ao momento”. O deputado falava dos ‘Nómadas Digitais’, “um projeto-piloto que nasceu de uma parceria entre a Startup Madeira e o Governo Regional, que visa atrair para a Região Autónoma da Madeira uma comunidade que antes da pandemia “normalizar” o teletrabalho já trabalhava a partir de casa ou de outro sítio com internet”.
Rui Marques explicou que a ideia desta iniciativa nasceu de um evento sobre trabalho remoto, apoiado pelo Governo Regional, através da Secretaria da Economia, via Startup Madeira, que envolveu mais de 800 participantes, em setembro do ano passado, já em pleno período pandémico.
A partir desse momento, continuou, “o Governo Regional, envolvendo vários parceiros públicos e privados, tem disponibilizado todos os meios para posicionar a Região no mapa dos nómadas digitais, aproveitando a tendência global do crescimento do teletrabalho, sendo que se trata de uma oportunidade da Região ser pioneira e marcar a diferença num nicho de mercado em grande crescimento e de se assumir como destino de referência global para este alvo específico”.
Para o deputado, “esta é uma excelente oportunidade para criar sinergias entre a economia local e a comunidade nómada e alavancar o sector do turismo, sendo que este projeto é algo único no mundo e que nunca foi feito antes por parte de algum governo, uma vez que existem muitos países que recebem nómadas digitais, mas nunca houve uma iniciativa de um Governo para criar uma comunidade de Nómadas com todas as condições para estas pessoas desenvolverem a sua atividade, ao mesmo tempo que desfrutam do melhor que a nossa Região tem para oferecer”.
Rui Marques salientou que a Ponta do Sol foi o concelho escolhido para testar este projeto-piloto, “porque a vila apresenta condições perfeitas para os Nómadas que procuram o sol e um estilo de vida tranquilo, rodeados de natureza”. “O trabalho autárquico realizado no passado e as suas caraterísticas ímpares no contexto regional, tais como a sua vila pitoresca, a beleza natural, o acesso ao mar e à natureza, fizeram com que a Ponta do Sol reunisse as condições ideais para acolher este projeto”, acrescentou.
“Acreditamos que os Nómadas Digitais deverão trazer muitas mais oportunidades para os nossos empreendedores e empresas madeirenses. Desde alojamento, restaurantes, transportes, pequenos comerciantes, atividades de natureza, entre outros, todos estes sectores beneficiarão com este projeto. Sentimos que esta é uma maratona que estamos a iniciar em tempo de incerteza, mas não temos dúvidas que no futuro esta iniciativa trará bons resultados.”
Rui Marques sublinhou que este projeto, que logo no seu início foi já considerado por muitos como sendo uma iniciativa com sucesso garantido, face ao número de registados ser dez vezes superior às expectativas da organização, tem uma série de mais-valias. Entre outras, o facto de atenuar os efeitos da falta de turistas e dinamizar a economia local, tanto em termos de alojamento, como também a nível da restauração, atrair um novo nicho de mercado, que tem todas as condições de se manter, mesmo no período pós-pandemia, despertar nas pessoas o interesse em explorar novas culturas e lugares e divulgar e promover o destino Madeira, numa nova filosofia que ainda não tinha sido explorada.
“Em que lugar do mundo, se pode, apenas num dia, desfrutar da natureza em todo o seu esplendor, passeando numa das nossas inúmeras levadas verdejantes, rodeadas de cascatas de águas cristalinas, dar um mergulho no oceano em pleno inverno e tomar um copo ao final do dia, enquanto se assiste ao pôr do sol”, questionou.
O deputado referiu ainda que este é um projeto que se irá estender pela Madeira e Porto Santo, “sendo que é necessário conhecer melhor as vivências e as necessidades dos nómadas e potenciar ligações com os investidores e empresas locais, numa estratégia integrada que promova a dinamização da economia local”.