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O deputado Bruno Melim afirmou, hoje, que "o polvo socialista está a tomar de assalto Portugal, está a tomar de assalto as nossas instituições".

"O PS de lá e de cá, foi tomada por gente que vê a política como fim para alcançar os seus próprios meios, sem princípios ou sentido de Estado. Uma Instituição sem formalidades assentes na ética Republicana, na transparência e na seriedade, é uma Instituição onde a Democracia não impera. O PS não se demite das suas funções, mas demite-se – alegremente - das suas responsabilidades."

Numa intervenção na Assembleia Legislativa da Madeira, o deputado falou da "vergonha que a Governação do Partido Socialista expôs o país aquando da nomeação do seu procurador europeu, para a procuradoria geral Europeia".

"Já não bastou ter conseguido afastar Joana Marques Vidal, a anterior procuradora-geral da República e, mais recentemente, o Presidente do tribunal de contas, o caso da morte de um cidadão estrangeiro nos Serviços do SEF, o Partido Socialista brinda-nos com um Procurador Europeu escolhido a dedo para uma unidade que terá, como uma das suas principais funções, fiscalizar a aplicação dos fundos europeus, sejam eles fundos comunitários ou verbas provenientes do fundo de resiliência", disse.

Bruno Melim lembrou que, depois da validação, por parte do comité de eleição internacional composto por peritos europeus, do nome da procuradora Ana Carla Almeida, "o Governo Português, escudando-se numa indicação indiciária do Conselho Superior do Ministério Público, escolheu o nome de José Guerra para o exercício do cargo de procurador europeu". "Isto já para não falar que as regras de seleção do concurso português só foram definidas, findo o prazo de apresentação de candidaturas para concorrer ao cargo", acrescentou o deputado.

Bruno Melim referiu que, além de Portugal ter sido um dos poucos países que não seguiu a opção do júri internacional, mentiu "para validar uma opção que, à luz de critérios objetivos e independentes, não era a melhor".

"O que se critica é que, quando confrontado pelas questões da oposição, o Primeiro-Ministro tenha dito que houve três políticos a orquestrarem uma campanha internacional contra o seu próprio País. Nem Órban se lembrava de tal argumento."

O deputado salientou que "os erros no currículo de qualquer um são legítimos, mas quando não são introduzidos pelo próprio, só o pode ser feito com intenção deliberada de alterar a realidade dos factos".

"Ninguém sonha com a presença de ninguém em determinado sítio, hora ou local. Ou se afirma, ou não se afirma. E, qualquer uma destas intenções, é deliberada. E pior que isso, foi António Costa ter mencionado que os erros não tinham sido relevantes para a formulação da vontade Europeia. Veja-se que, dias depois, o Primeiro-Ministro é desmentido por um documento do Conselho Europeu onde se releva, precisamente, esses dois fatores."

O mais grave, adiantou, "é que muitos dos intervenientes neste cardápio de casos políticos, terão lugares de destaque na Presidência Portuguesa da União Europeia".

"Como poderemos gracejar da Europa, o respeito institucional e a confiança para resolvermos os dossiês que interessam ao País, e muitos deles a esta Região, quando dos seus responsáveis políticos, aquilo que se vê é compadrio, desnorte, falta de visão e uma postura lesiva dos interesses do País”, questionou.

Segundo Bruno Melim, "o Partido Socialista no seu todo, e na Madeira também não é exceção, recai sobre um binómio interessante".

Na opinião do deputado, o PS "divide a sua ação entre a Mentira e a Incompetência: Escrevem a sua narrativa sobre os factos, apostados numa lógica da pós-verdade em que o que interessa não é o que é dito, mas sim o indivíduo que o diz- lógica que tanto crítica nos chamados populismos- e quando é criticado ou apanhado na mentira, recorre a lapsos, a erros ou a socorre-se de alguém, nomeadamente da estrutura intermédia, para ser o bode-expiatório do erro ou da desgraça. É a diretora do SEF que é demitida e o Ministro lá se aguenta. É o Diretor da Política de Justiça que se demite e a Ministra lá se aguenta. É caso para dizer: Balança mas não cai.

E como bons populistas que são, para desviar as atenções, vão acenando com uns casos e casinhos, umas comissões de inquérito e umas notícias sobre as nomeações políticas da Administração, quando são eles que são responsáveis pelo maior governo da Democracia portuguesa, seja em ministros, secretários de estados, assessores e adjuntos. E nem a igualdade de género resiste ao assalto. Quando há um boy para meter, ultrapassa-se a mulher nem que seja inventando informação."

Perante este cenário, o deputado deixou no ar a seguinte questão: "Até onde é que uma instituição que age assim, onde é chamada a governar, é séria para fazer os consensos necessários tendo em vista a melhoria das condições do Povo que, democraticamente nos elegeu?”

Numa questão dirigida ao deputado, o líder parlamentar do PSD, Jaime Filipe Ramos sublinhou que esta é já "a quarta vez que o PS escolhe quem mais lhe apetece para gerir o dinheiro público", referindo que esta esta atitude do Partido Socialista, "através do Governo, de vigarizar a União Europeia, é vergonhosa e só revela aquilo que, há muitos anos, alguém já disse: Quem se mete com o PS, leva."