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O deputado Carlos Rodrigues afrimou, hoje, no encerramento da discussão e aprovação e PIDDAR de 2021, que os tempos são de "solidariedade, apoio, colaboração e cooperação, mas, superior a tudo isto, os tempos obrigam a união".

União, conforme reforçou, e não unanimismo, pois são coisas completamente distintas.

"União não significa ausência de crítica, união não implica seguidismo, união não é monocromia", explicou.

"Quando falo de união, falo de partilha, da partilha de um desiderato comum, de um objetivo maior, de um apelo coletivo que nos deve mover a todos e impelir num sentido único", salientou, adiantando que, "estando perante tão formidável desafio, temos de ser capazes de ultrapassar questiúnculas menores, pequenas invejas redutoras, minúsculos ódios pessoais que nos impedem de avançar e penalizam a nossa ação".

O deputado sublinhou que "temos de ser capazes de por de lado pequenas diferenças que nos enfraquecem enquanto povo, egoísmos e preconceitos que nos fragilizam enquanto sociedade. Temos de deixar de ser os nossos piores inimigos".

"As nossas características individuais, as nossas virtudes e defeitos particulares, as nossas opiniões pessoais e, mesmo, os nossos desejos e ideias, por muito conflituantes que possam ser, devem se constituir como fatores de fortalecimento e enriquecimento e não motivos de discórdia e afastamento", acrescentou, realçando que "é preciso que percebamos que há um bem maior, um objetivo superior, um fim para o qual devemos todos caminhar, o nosso bem-estar, a nossa prosperidade, a nossa felicidade".

Carlos Rodrigues referiu que "somos já tão poucos e quão mais desunidos formos, mais débeis seremos, menor capacidade de vencermos teremos", esclarecendo que "não se trata de um apelo para que aqueles que pensam diferente desistam das suas convicções, que abdiquem das suas ideias, que calem as suas críticas, mas para que as utilizem para melhorar, para construir".

"Não as reduzam a armas de arremesso político, não se contentem com vitórias de Pirro, com ganhos momentâneos que, rapidamente, se desvanecem na névoa dos dias seguintes. Não deslustrem as intenções de colaboração e cooperação com ameaças de denúncias infundadas e insultos gratuitos. Quem estende a mão ao adversário para depois cuspir-lhe na face, não está a ser sincero, não procura um verdadeiro entendimento, não caminha ao encontro, vai de encontro, aproxima-se para ganhar vantagem e submeter, apenas está a pensar em si e não bem comum."

Carlos Rodrigues salientou que os políticos têm de ser os representantes da população a dar o exemplo. "Não podemos perder tempo com quezílias personalizadas, cruzadas vingativas, ajustes de contas que nos deixam exauridos e distantes daquele que deve ser o nosso primeiro objetivo: contribuir para a construção de uma sociedade melhor do que aquela que recebemos."

O deputado considera a Autonomia a capacidade de os madeirenses decidirem por si próprios, "a não dependência de vontades externas, a autodeterminação, o único caminho para alcançarmos tal bem maior pelo qual temos de lutar e que temos de conquistar".

"A ideia de continuar de chapéu na mão e braço estendido é insuportável e julgo ser unânime esta posição", referiu, recusando mais "esmolas" e mais "migalhas".

"Não queremos que nos outorguem com esforço e relutância, deixem-nos decidir o nosso destino! Não precisamos que nos empurrem para a frente, apenas não queremos ser empurrados para trás!"

Carlos Rodrigues sublinhu que o Orçamento foi aprovado e é um instrumento importante. Porém, "mais importante que ter um instrumento é aquilo que fazemos com ele e isso não depende apenas do governo ou da maioria, depende de cada um de nós enquanto membro de uma comunidade e de todos enquanto coletivo. Depende da nossa responsabilidade individual, da nossa capacidade de interagirmos, da soma dos nossos contributos e da nossa vontade de transformarmos intenções em ações".

Vídeo da intervenção