O Grupo Parlamentar do PSD acusa o presidente da Câmara Municipal do Porto Santo de mentir aos trabalhadores da autarquia, tendo-lhes prometido, numa reunião, em novembro, a reposição de 30 por cento do subsídio de insularidade a todos sem excepção.
Nesse altura, afirmou o deputado do PSD Bernardo Caldeira, natural do Porto Santo, em conferência de imprensa, o autarca foi confrontado por um funcionário com o facto dessa promessa não corresponder aos valores já apresentados pelo Governo Regional, relativamente àquele subsídio, tendo respondido que a política da Câmara era uma e a do Governo era outra.
Porém, não conseguido cumprir a promessa que fez, o presidente do município vem agora imputar responsabilidades à Assembleia Legislativa da Madeira e, em particular, ao Grupo Parlamentar do PSD.
“A proposta que foi aprovada nesta Assembleia é exactamente a mesma com que o Governo Regional, na pessoa do seu presidente, Dr. Miguel Albuquerque, comprometeu-se com a população do Porto Santo”, afirmou Bernardo Caldeira, sublinhando que “a ação da Câmara Municipal é totalmente independente da ação da Assembleia Legislativa da Madeira e do Governo Regional, sendo falso o presidente escudar-se de quaisquer medidas que o Governo venha a tomar, sendo que, no entanto, tudo o que o Governo fez e faz vai no sentido de ajudar a Câmara a concretizar o merecido apoio à população e funcionários estando a autarquia a falhar neste capítulo”.
Face a este cenário, Bernardo Caldeira afirma que o presidente da Câmara do Porto Santo “tem vindo a demonstrar a sua apetência para a mentira compulsiva”, ao iludir os funcionários com “falsas expectativas relativamente aos vencimentos” e a população ao aproveitar-se do “excelente trabalho desenvolvido pelo Governo na área do Turismo e da sua promoção, querendo louros de um mérito que não é seu”.
Além disso, sustentou o deputado, também “mente” quando afirma fazer uma “gestão rigorosa na Câmara e ao mesmo tempo hipoteca receita futura ao pedir um adiantamento da receita de IMI de maio de 2016, no valor de 250 mil euros, para fazer face a despesas e pagamento de ordenados por falta de verba”, comprometendo com isso a sustentabilidade futura.