O líder do Grupo Parlamentar do PSD, Jaime Filipe Ramos, afirmou, hoje, na discussão do Plano de Desenvolvimento Económico e Social da RAM 2030 – PDES Madeira 2030, que este é um "documento completo e ambicioso", orientador e que define não só as linhas como também a ação. Contudo, vai depender também da competência, da capacidade e dos "instrumentos" que forem dados à Região para a sua aplicação.
"Este é um documento que revela a vontade que o Governo tem em continuar a Madeira para melhor", disse, referindo que, "é com "essa vontade que é aqui expressa que vamos continuar a fazer essa mudança todos os dias porque para nós mudança não é uma palavra bonita é uma ação que se concretiza diariamente".
Para Jaime Filipe Ramos, isto é algo difícil para alguns que, bem mais rápido do que parecia, "têm vícios piores do que os que cá já estão há mais tempo".
O líder parlamentar do PSD salientou que o que se assistiu no discussão do PDES foi um exercício de "completa demagogia e de atabalhoação política porque, como o documento é bom, os partidos da oposição deviam se associar e lançar desafios". Contudo, optou-se por "falar do passado" e falar do "que não está feito".
"Com este tipo de oposição, estão a facilitar-nos a vida", disse, denunciando uma "falta de credibilidade política total".
Contudo, segundo Jaime Filipe Ramos, esta atuação da oposição só vem revelar um certo "incómodo" porque, com este documento, o Governo Regional "vai continuar a dar provas perante a população", lembrando que a Madeira é uma das regiões de referência na aplicação dos fundos comunitários. "Só que pelos vistos aqui ninguém percebe isso ou não quer perceber."
O líder parlamentar disse sentir que há por parte de alguns um receio da vinda de verbas da União Europeia para a Região e que seja dada à Madeira "aquilo que é de direito dos madeirenses". "Querem que seja dado quase como esmola ou como oferenda que se deva agradecer ao senhor Primeiro-ministro".
Jaime Filipe Ramos sublinhou que o PSD e este Governo está aqui para defender a Madeira e os Madeirenses, as verbas da União Europeia vão vir e o Governo será competente e capaz de as aplicar.
"Até as entidades sindicais estão de acordo com o documento", disse, salientando que "quando todos estão de acordo e só a Câmara do Funchal e o PS não está, percebe-se bem porquê". Por isso, sustentou, a questão é se vamos ou não ter as respostas do Estado português àqueles que são os direitos dos madeirenses.
"Parem com as pedras no nosso caminho. Acabou! Temos o direito de ter os fundos como todas as regiões da Europa! De ser livres e de decidir o nosso destino!"
O PDES engloba um investimento na ordem dos 5,7 mil milhões de euros.