A um dia de se comemorar o Dia do Município da Calheta, o deputado Nuno Maciel lembrou, numa intervenção antes do período da ordem do dia na Assembleia Legislativa da Madeira, um pouco da história do concelho, a começar pela data da carta de criação da Cola Nova da Calheta, a 1 de julho de 1502.
Contudo, o dia do concelho, e feriado municipal, é celebrado a 24 de junho, pela relação local com São João. "São assim, 518 anos de elevação a Vila e de jurisdição municipal própria, que se comemoram amanhã. A terra que me é berço, e à qual tenho a alegria de regressar todos os dias, está em festa. E do primeiro órgão de governo próprio da Região Autónoma da Madeira, tenho a alegria de dizer: Parabéns Calheta! Parabéns calhetenses, pelos mais de 500 anos de história e de vida que agora comemoramos”.
O deputado referiu que, "como a generalidade das localidades rurais, ao longo destes 5 séculos a Calheta sofreu com a distância à capital regional". Porém, com a democracia e autonomia regional, "transformou-se e afirmou-se na realidade madeirense nestes últimos 40 anos".
"Mesmo para mim, que já nasci depois do 25 de abril, ainda há memória e marca da Calheta distante, isolada e atrasada. Com a bandeira da autonomia e sempre pela sábia vontade dos calhetenses, esta é hoje uma terra desenvolvida, que se afirma pela qualidade de vida que proporciona aos seus residentes e visitantes. Na verdade, ao longo destes últimos 40 anos os calhetenses, gente humilde, trabalhadora e de bom trato, souberam escolher o caminho certo do rumo do desenvolvimento. Escolheram sempre a cana e não o peixe! As nossas escolhas são inequívocas e não deixam margem para dúvidas. Optámos pelo progresso e investimento, confiando naqueles que melhor representavam esta nossa vontade social. A Calheta ganhou com as acertadas escolhas dos calhetenses. Estávamos tão longe da dita vila do Funchal, quase como quando D. Manuel nos reconheceu. Hoje, estamos a meia hora da capital que muito estimamos e percorremos as nossas 8 freguesias na mesma meia hora."
Nuno Maciel adiantou que "sob a orientação dos governos regionais sociais-democratas e em harmonia com uma câmara municipal da mesma orientação política, focada nas prioridades dos calhetenses, assistimos a um ritmo de desenvolvimento que transformou globalmente a Calheta em 40 anos".
"Do Arco à Ponta do Pargo, do mais litoral do Jardim ou do Paul ao mais recôndito da Fajã da Ovelha ou dos Prazeres, sem esquecer o Estreito e a freguesia sede de concelho a Calheta, os calhetenses dispõem de uma rede viária acessível, renovada, rápida e segura, de escolas, centros de saúde, centros cívicos e sociais, casas do povo, espaços públicos de lazer do mar à serra, zonas balneares de excelência, espaços desportivos, santa casa da misericórdia, casa de cultura, porto de recreio, quinta pedagógica, entre outras infraestruturas que garantem a formação e a qualidade ao longo da vida dos que ali residem. Juntamos a esta infraestruturação o sermos abençoados por um clima bendito, por uma paisagem avassaladora marcada pela diversidade, pelos pôr-do-sol mágicos a oeste e por um pedestrianismo de cortar a respiração, seja no Rabaçal ou na garganta funda até ao mar, na Ribeira Moinhos da Ponta do Pargo."
O deputado sublinhou que esta "fantástica combinação: de obra física redutora de assimetrias; natureza que convida e gente genuína e acolhedora; criou os ingredientes para o investimento privado e para o alavancar da atividade turística".
Porém, salientou, a Calheta é ainda"um concelho de cultura e de património, desde os tempos idos do cultivo da cana de açúcar, que nos corre no sangue e identifica".
É também um concelho onde "o Governo Regional continua com um plano de investimentos adequado e atento àquelas que ainda são as nossas necessidades", adiantou o deputado, lembrando que "só no orçamento deste ano temos mais de 30 milhões de euros de investimento direto em obra, para que a circulação em segurança, a unidade territorial interna, a coesão social, a qualidade de vida de crianças e jovens, dos mais velhos e dos menos bafejados pela sorte continuem a ser uma realidade."
Quando ao futuro, deixa uma mensagem de esperança: "Estou certo que assim continuaremos nos próximos anos. Venceremos este momento particularmente difícil, porque estamos juntos e temos o bem comum como supremo desígnio coletivo. Seguiremos focados no rumo certo, não deixando que nos ultrapassem, atentos, discretos mas assertivos no respeito pela vontade da maioria e o que for melhor para a Calheta será o melhor para nós. Seremos felizes com a felicidade coletiva pois west is the best! E com brilho nos olhos, onde quer que estejamos, honraremos a CalhetaViva!"