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“A Região Autónoma está a dar respostas excecionais, num momento difícil, muito mais além daquilo que fez o Estado, o Governo Português, e daquilo que se fez até na Região Autónoma dos Açores. Ficamos felizes por isso e também porque os estudantes do continente e dos Açores estão a ter apoio pela televisão graças ao projeto do Governo Regional da Madeira, através do telensino.”

Esta é a convicção do deputado Nuno Maciel, que numa intervenção antes do período da ordem do dia, na Assembleia Legislativa da Madeira, afirmou que “ninguém estava preparado para a COVID19. No entanto, temos conseguido minimizar as contingências deste momento, dando respostas concretas para que o processo educativo não pare na Região”.

Uma delas o telensino. “Com a resposta nacional para os 1º, 2º e 3º ciclos abriu-se caminho para que, com a nossa autonomia, pudéssemos ter ido mais longe e chegássemos com o telensino na região ao secundário, em cooperação com a RTP-M, num projeto montado em tempo recorde que a todos nos orgulha. Ficou garantida, numa primeira instância a todos os estudantes, a universalidade e a democraticidade do acesso aos conteúdos educativos. Uma vez mais felicitamos os docentes e técnicos de multimédia da Secretaria da Educação que dão forma a este projeto”.

Esta necessidade de ir ao encontro das necessidades dos estudantes levou a que, “nas últimas semanas a educação tenha evoluído mais que em muitos anos anteriores”.

“Estamos convencidos disso e acreditamos que uma lição positiva podemos tirar desta pandemia”, afirmou, lembrando “a aposta que a Secretaria da Educação já havia feito nos tablets e nos manuais digitais, bem como o sedimentar das múltiplas ferramentas tecnológicas e robótica que os nossos alunos já disponham, fizeram com que fosse mais fácil aprender com a COVID”.

Nuno Maciel salientou que “temos hoje uma geração de alunos que convive com as tecnologias de informação e comunicação com uma agilidade que as nossas gerações desconhecem”, referindo que, numa era em que muitas das profissões dos próximos anos ainda não são conhecidas, a nossa autonomia educativa deve contribuir muito para a melhor formação dos nossos estudantes, preparando-os para uma realidade cada vez mais desmaterializada, que se aloja na nuvem e cujo local de trabalho e investimento é o mundo, independentemente do local de residência.

“Se dúvidas houvesse, a pandemia demonstrou que a aposta nas tecnologias de informação e comunicação e nas tecnologias educativas não deve ser uma ideia, mas uma realidade concretizada”, salientou Nuno Maciel, afirmando eu “temos ótimos profissionais de educação, que fruto da quebra demográfica de alunos, devem ser aproveitados para sedimentar uma educação de excelência na região, contribuindo para a construção de um perfil terminal de aluno tecnológico mais bem preparado para habitar profissionalmente na nuvem e no mundo digital”.

O desafio que se coloca aos professores, adiantou, “é o de se adaptarem a este novo paradigma do processo de ensino aprendizagem, recentrando técnicas pedagógicas e didáticas em instrumentos e plataformas digitais”.

“A educação tem que dar este salto e os professores deverão ser os protagonistas do mesmo”, acrescentou.