O deputado Eduardo Jesus afirmou, hoje, numa intervenção na Assembleia Legislativa da Madeira, que, nos últimos três anos de governação socialista se tem assistido a "uma ofensiva sem precedentes, de profundo e intencional ataque à Autonomia regional".
"Nunca como agora, a Região Autónoma da Madeira foi tão maltratada, ignorada e utilizada de forma obcecada por quem quer o poder a qualquer custo", disse, salientando que "os atores políticos são os mesmos que governam o país, sem que tivessem ganho as respetivas eleições". São também os mesmos, continuou o deputado, que promovem a maior carga fiscal de que há memória sobre as famílias e as empresas, os mesmos que "nos roubam nos impostos e lucram com a dívida da Madeira", que "não conseguem diminuir a dívida pública nacional, que atingem valores recordes e onera os cidadãos como nunca" e também os mesmos que vêm cá dizer "que temos razão e, no regresso, já pensam o contrário, procurando, no imediato, mais uma força de nos complicar a vida".
"Como se não bastasse este comportamento, que merece reparos e alertas permanentes, da União Europeia, tratam os madeirenses e porto-santenses como portugueses sem dignidade", disse.
E um desses protagonistas foi identificado pelo deputado como sendo o anterior minsitro do Planemanento e Infraestruturas e agora cabeça-de-lista do PS às eleições europeias.
"À custa do candidato socialista ao PE, Pedro Marques, a Região não está melhor, os madeirenses e os porto-santenses têm mais razões de queixa e todas elas contra o Governo de Portugal, o Governo de um país que usa a Região, exclusivamente, como motivação partidária numa lógica obcessiva. Foi este senhor, enquanto minsitro responsável pelos trasnportes e pelas infraestruturas, que bloqueou a Região e condicionou a vida desta população e nos tem feito passar por dificuldades a vários níveis."
Uma delas diz respeito à mobilidade aérea: "Foi Pedro Marques que amarrou a revisão a revisão do subsídio de mobilidade, foi Pedro Marques que nunca cumpriu a lei, nunca promoveu a sua evolução, nunca atendeu às sugestões da Região Autónoma da Madeira, mesmo que sob a forma de resolução, aprovada por unanimidade por esta Assembleia Legislativa". E tudo fez "para que a companhia aérea nacional não nos considerasse como região insular, exclusivamente dependente das ligações aéreas". Além de ser o "responsável polítco pelo desaire econonómico-financeiro" da TAP.
Segundo Eduardo Jesus, Pedro Marques apresenta um currículo que revela "a incapacidade, a impreparação, a irresponsabilidade e a negligência da gestão pública do Partido Socialista".
"Foi Pedro Marques o carrasco da Região ao serviço do PS, que tratou de forma diferente a Região Autónoma da Madeira, face à solução que preconizou para a Região Autónoma dos Açores", como é disso exemplo o concurso de carga aérea que beneficia apenas esta última região.
Foi ainda responsável pela "trapalhada verificada no concurso da ligação aérea entre a Madeira e o Porto Santo, provocando atrasos inaceitáveis, supendendo a venda dos lugares, cancelando voos por falta de pagamento dos Estado, deixando pessoas em terra sem qualquer outra alternativa, e prejudicando fortemente, na época de maior procura, os porto-santenses e os madeirenses".