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Jaime Filipe Ramos afirmou, hoje, que, após mais de 850 dias da data prevista para a revisão do subsídio social de mobilidade aérea (fevereiro de 2016), e de mais de 450 dias da aprovação da proposta na Assembleia Legislativa da Madeira, a mesma foi aprovada ontem na Assembleia da República, "mas não foi por todos".

Em conferência de imprensa, o líder do grupo parlamentar do PSD/M sublinhou que o "PS não só votou contra" como também "fez tudo" para que a proposta da Madeira "não pudesse ser discutida e votada ontem na Assembleia da República", ficando "evidente" que o Partido Socialista e o Primeiro-ministro António Costa "não querem, nunca quiseram, não aceitam nem nunca aceitaram rever o subsídio social de mobilidade".

"Ontem ficou clara a posição de todos do PS e não apenas dos deputados da Assembleia da República", disse, na sala de imprensa da Assembleia Legislativa da Madeira, reforçando que "quem manda votar contra e quem foge ao tema tem culpa e tem responsabilidade".

"O silêncio e a cumplicidade do PS, do presidente do PS, do candidato do PS, revelam o medo e a dependência do PS/M ao PS de Lisboa e a António Costa."

Jaime Filipe Ramos salientou que "temos hoje, na Madeira, um presidente e um candidato do PS que anunciam murros, mas quando a Madeira precisa deles e precisa de quem os defenda, calam-se e quem cala consente e tem medo".

O líder parlamentar sublinha, por isso, que "a história da Madeira continuará a ser feita sem medos e sem receios, na defesa dos madeirenses". "A Madeira precisa de quem os defenda e não de quem dependa de Lisboa", acrescentou o líder parlamentar, adiantando que esta posição do PS/M "merece o nosso repúdio e condenação".

"Os madeirenses não merecem e não precisam de quem, nos momentos chave, foge ou tem medo de os defender", referiu Jaime Filipe Ramos, garantindo que o PSD/M "tudo fará para que o subsídio de mobilidade seja revisto, em nome da mobilidade e da liberdade de circulação dos cidadãos portugueses da Madeira".

Contudo, teme que o PS continue a tentar adiar esta questão, como o tem feito até agora. "O PS pediu para baixar à comissão, pediu para ouvir entidades, tentou protelar ainda mais ontem e eu estou convicto de que vai voltar a fazer essa estratégia para evitar que isso seja discutido e debatido", disse, lembrando que a proposta segue agora para discussão na especialidade. 

"O PS não quer resolver este assunto e isso é que é grave porque, se calhar, vamos ter aqui vetos de gaveta, no seio da Assembleia da República, para evitar essa discussão e a votação final global que permita a mudança do regime".

Jaime Filipe Ramos assegura que, se o "PS quiser", a proposta pode ser discutida e votada rapidamente, mas suspeita "que vai tentar passar para depois das férias parlamentares e, provavelmente, vai tentar adiar para depois do Orçamento do Estado para que, constantemente, haja uma estratégia de fugir à mudança do regime do subsídio social de mobilidade".