O Dia Internacional da Mulher e todas as temáticas que lhe estão associadas foram alvo de atenção num debate potestativo, da autoria do PSD. "Todos temos perfeita noção que no mundo ideal este debate não seria necessário. No entanto, estamos longe de viver no mundo ideal. Enquanto existirem mulheres que sejam vítimas de violência, que sofram discriminação em contexto laboral, que sejam discriminadas fruto das questões da maternidade, que sejam discriminadas fruto da idade, haverá sempre necessidade de abordar estas temáticas", afirmou a deputada Rubina Leal, na abertura do debate.
E estas questões do género feminino não podem ser tratadas, segundo a deputada, "não podem ser tratadas como se fosse um qualquer assunto de menor importância" e merecer respostas de que "sempre foi assim e o tempo irá encarregar-se de mudar". Daí a importância da realização deste tipo de debates, salientou.
"Falar hoje do Dia Internacional da Mulher é falar sobretudo em direitos humanos", afirmou Rubina Leal, lembrando que a Declaração do Direitos Humanos refere, no seu primeiro artigo, que "todos os seres humanos nascem livres e iguais, com dignidade e direitos".
A deputada sublinhou que este não pode ser encarado como uma problema das mulheres.Apesar de admitir que houve avanços, Rubina Lela reforça que persistem ainda desiguldades, entre elas a diferença salarial, continuando as mulheres a receber menos do que os homens, as quais representam na Assembleia da Madeira e no Executivo, segundo a deputada, 1/3 dos eleitos e dos cargos no topo da hierarquia do Governo Regional.
A intervenção de encerramento coube à deputada Clara Tiago, que sublinhou que "lembrar o Dia da Mulher não é apenas estar ao lado de metade do povo da Madeira, é deixar bem claro que todo o povo da Madeira merece igual respeito".
Além do debate, o Grupo Parlamentar promoveu ao longo desta semana mais duas outras iniciativas. A primeira uma visita à 'Confeitaria', uma empresa constituída por uma mulher empreendedora, e ainda uma reunião com a equipa de apoio às vítimas de violência doméstica, no Instituto de Segurança Social.