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O deputado Higino Teles dedicou a intervenção, antes do período da ordem do dia, na Assembleia Legislativa da Madeira, à questão da Venezuela, lembrando um relatório da Organização 'Freedom House', referente a 2017, que incluía aquele país na lista dos 'não livres'. 

Lembrou ainda os acontecimentos ocorridos a 5 de julho na comemoração dos 206 anos da independência da Venezuela, em que a sessão onde decorria no parlamento teve de ser supensa devido à invasão de um grupo de apoiantes de Nicólas Maduro que atacaram os deputados da oposição, assim como o facto de já terem falecido 157 jovens nos muitos protestos contra o Governo de Maduro, desde abril do ano passado.

O deputado sublinhou que, a 21 de dezembro passado, a conferência de presidentes do Parlamento Europeu atribuiu à oposição venezuelana o Prémio Sakharov 2017 "pela coragem demonstrada por estudantes e políticos na luta pela liberdade".

Esta distinção mereceu várias reações no sentido de que a Venezuela respeite os direitos humanos e liberte os presos políticos. 

Curiosamente, e destoando das demais posições, o grupo Paralmentar Europeu da Esquerda Unida boicotou a entrega do Prémio à oposição venezuelana, sendo que entre eurodeputados portugueses, esta atitude foi seguida apenas pelos do BE e PCP.

Higino Teles recorda que, a este propósito, Marisa Matias afirmou que "O Parlamento Europeu, ao escolher um dos lados, colocou-se numa situação vergonhosa".

Nesse sentido, o deputado conclui desta posição que "ao escolherem este lado, esta sim uma posição vergonhosa, o povo venezuelano, os nossos emigrantes, os seus descendentes e familiares ficam a saber quem está do seu lado e com quem não podem contar".