Reagindo a uma proposta da candidatura do PSD, com vista à cedência de manuais escolares a todos os alunos do 1ª ciclo de Machico, na edição do dia 28 de junho de 2017 do Diário de Notícias da Madeira, o presidente da Câmara Municipal responde que só não aplica esta medida por causa da dívida deixada pelo Partido Social Democrata. Contudo, não deixa de ser entranho o seguinte:
1. Essa mesma dívida - que, além de empolada pelos socialistas, sofreu um verdadeiro milagre contabilístico, pois, segundo o atual executivo, passou de 27,5 para 8,5 milhões de euros -, não impediu o presidente da Câmara Municipal de fazer despesa noutras áreas menos importantes.
2. Não impediu, por exemplo, que o executivo socialista gastasse 124 mil euros com uma sociedade de advogados, sem que até agora se perceba quais os benefícios que tal contrato trouxe à população de Machico.
3. Não impediu também a proliferação de estátuas por todo o concelho, a última das quais com um valor 30.500 euros.
4. A candidatura do PSD à Câmara Municipal de Machico considera fundamental a promoção das artes, sendo uma área em que pretende apostar, mas entende que há que salvaguardar em primeiro lugar o bem-estar das famílias, apoiando-as na medida do possível e sempre que possível. Por isso, o apoio em manuais escolares aos alunos do 1º Ciclo deve constituir uma medida prioritária, no cumprimento do princípio de que a Educação deve ser gratuita e acessível a todos e do que foi aprovado, por unanimidade, em reunião de Câmara de 25 de agosto de 2016 (ver anexo), sob proposta do PSD.
5. Tal medida, significaria em termos orçamentais cerca de 20 mil euros, divididos pelos quatro anos de mandato, o que é manifestamente inferior àquilo que se gastou apenas nesta última estátua e ainda muito menos se atendermos ao valor gasto com advogados.
6. Assim, a reação do presidente da Câmara Municipal apenas se explica pela falta de vontade de estar realmente junto das Pessoas e das Famílias Machiquenses e só demonstra aquilo que tem sido prática ao longo dos últimos quatros anos: uma política de choradinho e vitimização que em nada resolve os problemas reais da população de Machico.
7. A prova desta inércia política, reconhecida pelo próprio executivo socialista, é o facto de vir pedir encarecidamente uma segunda oportunidade. As oportunidades devem ser dadas a quem demonstra saber trabalhar e apresenta obra feita e não a projetos falhados por pura incompetência na gestão do município. É essa a diferença que temos a certeza que os machiquenses vão saber reconhecer no próximo dia 1 de outubro!