As notícias vindas a público nos últimos dias referem graves irregularidades no processo de constituição da nova mesa da Assembleia de Freguesia do Caniço, realizada no dia 5 do corrente mês de setembro, concretamente no que se refere à existência de membros que, supostamente, não poderiam ter sido eleitos, por já terem, anteriormente, renunciado ao mandato.
Essas notícias não foram desmentidas, nem esclarecidas em tempo útil pelo JPP, pelo que, a serem verdade, assumem contornos de extrema gravidade e ilegalidade, com os quais os autarcas do PSD/Caniço não podem nem vão pactuar.
Aliás, a posição dos membros do PSD na sessão ordinária da Assembleia de Freguesia de 5 de setembro de 2016 (voto de abstenção) foi tomada no pressuposto de que tudo decorria dentro da legalidade, como foi, de resto, referido durante o ato em apreço pelo próprio Presidente de Câmara, Filipe Sousa, que participou e esteve presente nessa reunião.
Os membros eleitos pelo PSD requereram, antes do início da reunião extraordinária convocada para ontem às 19h00 na freguesia do Caniço, que lhes fosse facultada toda a documentação referente ao processo da eleição da mesa da Assembleia de Freguesia do Caniço e do ato de posse do Presidente de Junta por forma a aferirem da sua legalidade, não tendo participado na mesma, uma vez que sob a sua realização recai a dúvida se devia ou não ter sido convocada e realizada.
Lamentamos que a maior freguesia do Concelho de Santa Cruz venha a público, uma vez mais, por atos de ingerência do executivo JPP e consideramos urgente que a verdade seja conhecida a bem da população do Caniço e do normal funcionamento dos órgãos locais.