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1. É lamentável que, mais uma vez, o Partido Socialista tenha optado pelo discurso obsessivo e de autoelogio, no desespero de uma afirmação pelo poder, ignorando e desprezando os madeirenses e porto-santenses nas suas preocupações e reivindicações, todas elas sem resposta. Com isto, fica provado que os socialistas estão mais preocupados nos lugares que ocupam nas listas e em ganhar a qualquer custo, do que em resolver os verdadeiros problemas da população.

2. É confrangedor ver que o PS aproveitou esta oportunidade para pedir, novamente, a confiança naqueles que nada fizeram pela Madeira nem pelo Porto Santo, até agora, assim como para fazer chantagem no apelo ao voto, garantindo que, se ganharem, a Europa irá apoiar diferentes áreas e setores, em projetos que, inclusive, foi o PSD a conquistar. 

3. Torna-se difícil aceitar que se afirme que os madeirenses e os porto-santenses são portugueses iguais aos do restante território nacional quando é por culpa exclusiva do Partido Socialista que, diariamente, se sente essa discriminação.

4. É angustiante, também, a ignorância, o oportunismo e a falta de credibilidade deste Partido, na figura de António Costa e da candidata às Europeias, quando ataca uma Região que, no respeitante aos fundos comunitários, apresenta indicadores superiores aos nacionais, nomeadamente na taxa de execução/pagamentos (39%), que é 4 pontos percentuais (p.p) superior à nacional e na taxa de compromisso (81%) que se encontra 3 p.p também acima.
Aliás, António Costa e a sua candidata deveriam saber, antes de mais, que a Madeira esteve cerca de um ano à espera da reprogramação destes fundos, por parte das instâncias nacionais e europeias, realidade ignorada em discursos populistas que, pese embora o esforço, servem apenas para confirmar que o PS não só desconhece a economia regional como, pior, os instrumentos disponíveis que, através de fundos comunitários, nos têm vindo a apoiar muito mais do que o próprio Estado.

5. É, finalmente, caricato ver que António Costa se solidariza com o povo venezuelano quando ele representa, precisamente, o socialismo que levou à crise que aquele país atravessa, num projeto que deseja replicar na Região, a partir de 22 de setembro.

6. Assim como também não deixa de ser absurdo e próprio de quem há muito deixou de ter vergonha na cara, usar o argumento da consolidação das contas públicas, quando se sabe que, nesta Região, a dívida global tem vindo a ser sucessivamente reduzida, ao contrário do que tem acontecido nos Açores e na República.

7. O PSD/Madeira reitera a sua estranheza por mais esta oportunidade perdida, numa visita que, encenada, não foi mais do que uma mão cheia de nada, com pedidos para a confiança num cheque em branco. 

 
Pelo Partido Social Democrata da Madeira
O Secretário-Geral
José Prada