“Já cansa”. Foi assim que reagiu esta tarde na Assembleia da República a deputada Sara Madruga da Costa, à intervenção da deputada Mariana Mortágua que voltou a denegrir o Centro Internacional de Negócios da Madeira.
O BE foi ademais o único partido que se dirigiu ao CINM numa discussão em torno de duas propostas de lei do Governo que pretendem transpor a Diretiva Comunitária relativa à prevenção da utilização do sistema financeiro para efeitos de branqueamento de capitais ou de financiamento do terrorismo.
A deputada Mariana Mortágua, não hesitou em classificar o CINM como um offshore quando o que estava em causa era a discussão de medidas como a criação do Registo Central do Beneficiário Efetivo para combater a criminalidade internacional.
Na sequência destas acusações, a deputada Sara Madruga da Costa referiu que, infelizmente, a posição do BE é bastante previsível e cansativa.
“O BE escolhe sempre o caminho mais fácil que é o caminho da demagogia e continua a utilizar o rosto do CINM para tudo e para nada, para continuar a propagar a sua ideologia”, salientou a deputada madeirense.
“Não é admissível que o BE utilize esta matéria para fazer politiquice. Para o BE todos os problemas do branqueamento de capitais e da luta contra o terrorismo dizem, vejam bem, respeito ao CINM. E então os bancos, as fundações, as sociedades imobiliárias e os casinos e salas de jogo que agora são abrangidos pelas presentes iniciativas?”, repostou Sara Madruga da Costa.
A deputada do PSD relembrou que “a ZFM não é uma offshore, a ZFM nada tem que ver com os panama papers e observa todas as regras de direito comunitário e de direito nacional aplicáveis. Não é admissível que o BE esteja sempre contra o CINM, não é admissível que o BE esteja sempre contra o interesse dos madeirenses e dos porto-santenses.”
Intervenções:
O BE escolhe sempre o caminho mais fácil, que é o caminho da demagogia.
A ZFM não é um offshore e cumpre com todas as regras comunitárias e de direito nacional - Intervenção da deputada Sara Madruga da Costa.