O deputado Paulo Neves afirmou ontem que, no que diz respeito à Madeira, o Orçamento do Estado para 2019 “é ofensivo” para os madeirenses e é marcado por muita “aldrabice” e chico-espertismo”, apesar de ser “próprio daquilo que tem sido a governação do PS, do Bloco de Esquerda e do Partido Comunista”.
Convidado a falar sobre ‘Desafios Políticos com a República’, na sede do PSD/Caniço, o deputado sublinhou que “já se percebeu que o Governo da República não quer cumprir aquilo que promete”. E dá o exemplo do novo hospital: “Promete 50% e logo de seguida diz que não paga aquilo que prometeu”. Além “do desrespeito total para com a Autonomias e com os seus órgãos próprios porque conta para dinheiro nacional com património que nem é dele.”
Paulo Neves salienta que esta “aldrabice” tem dois grandes responsáveis: António Costa, como Primeiro-Ministro e primeiro responsável pelo Orçamento, e o PS/Madeira porque, “entre optar pelos madeirenses e pela Madeira contra aqueles que nos ofendem e que atentam contra as Autonomias regionais, opta sempre por António Costa”.
Para o deputado do PSD/M na Assembleia da República esta atitude passa por uma estratégia de António Costa “de conquistar a Madeira com a conivência do PS/M, mesmo ofendendo os madeirenses e as Autonomias”, e de “por portugueses contra portugueses”, o que disse não ser “aceitável”.
Olhando para o PSD, o deputado considera que este partido precisa continuar “a fazer aquilo que tem sido feito”, ou seja, “cumprir com aquilo que prometeu há três anos”, “governar bem” e apresentar “um bom projeto para os próximos quatro anos”.
“Se o PS de António Costa e o PS/M pensam que nós vamos desistir de exigir aquilo a que temos direito, nós não vamos desistir. O PSD/Madeira não vai desistir e naquilo que nós sabemos que temos razão e que temos direito, como pagarem-nos parte do nosso hospital, nós vamos continuar a exigir.”
Relativamente ao Orçamento do Estado, no geral, afirma que é “um orçamento que dá com uma mão e tira com a outra”. Um orçamento que não “tem crescimento económico”, lembrando que Portugal é um dos países mais atrasados da Europa e precisava crescer muito mais do que os outros para atingir a média. Salientou também que o PS está a governar há três anos, mas a dívida não baixa. “Pelo contrário, está sempre a aumentar.”
Esta conferência foi organizada pela Comissão Política PSD/Caniço. Segundo o presidente desta estrutura política, estas sessões têm por objetivo informar e esclarecer os militantes e promover a participação ativa nas ações políticas locais. “O PSD/Caniço é, neste momento, uma Família Social-Democrata consciente e informada”, afirmou Joel Nóbrega.