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O novo hospital da Madeira é o único hospital do País, que continua “em análise”, conforme se pode ler na página 35 do documento do PEC ontem apresentado, pelo ministro das Finanças. O novo hospital continua sem verbas e sem qualquer financiamento aprovado. Continua no papel como sempre esteve desde 2016.

Neste sentido o dia 13 [ de abril], que seria o dia da “grande revelação”, após o prometido “murro na mesa”, não passou afinal de um “logro”, uma “mão cheia de nada”, constatou hoje Sara Madruga da Costa, numa conferência de imprensa dos deputados do PSD na Assembleia da República, com os temas do novo hospital e da mobilidade, que decorreu na sede do Rua dos Netos.

“Continuamos no mesmo ponto de partida, continuamos sem verba. A verba é zero”, afirmou a deputada, lembrando que o novo hospital já esteve prometido em vários orçamentos de Estado, já esteve prometido em cartazes espalhados pela Cidade, e agora está “em análise” num Plano Estratégico.

Paulo Neves reforçou falando em “usurpações de funções” e da falta de “sentido de Estado”, por parte de um presidente de câmara “em part-time” que considerou ter legitimidade para falar em dossiers não da Cidade, mas da Região, revelando um enorme desconhecimento sobre os mesmos.

Sara Madruga da Costa fala em represálias de São Bento em relação à Madeira, e da falta de resposta do ministro das Finanças em relação ao novo hospital. “O Governo Regional tem tudo pronto, o projeto está concluído, está mais avançado do que o de outros hospitais do País”, no entanto “ainda esta semana o ministro das Finanças comprometeu-se a atribuir 40 milhões de euros ao hospital de Évora.” Enquanto isso o governante não respondeu às questões levantadas pelos deputados do PSD. “Agora já percebemos que não está previsto nada de novo para o hospital da Madeira, como se consegue perceber pela leitura do PEC.”

Sara Madruga da Costa aproveitou para denunciar outra “malvadez” do Governo da República, no que respeita a este dossier. “O Governo da República demorou nove meses para criar um grupo de trabalho, que reuniu apenas uma vez. Nessa única reunião, o coordenador do grupo, indicado pelo Ministro das Finanças, prontamente avisou que estava de saída”, revelou. Isto demonstra “que não há qualquer interesse da República em cumprir com o compromisso do novo hospital para com os madeirenses e porto-santenses”, concluiu.

O deputado Paulo Neves por seu turno falou sobre o cancelamento dos voos da TAP, nas últimas semanas, e sobre o encerramento da loja da TAP do Funchal, que a acontecer será catastrófico para os passageiros madeirenses, que só conseguirão entara em contacto com aquela companhia aérea através da internet.

E em relação ao caos criado com o constante cancelamento de voos da TAP, com os milhares de madeirenses vítimas desses cancelamentos, e com a forma como foram mal tratados por esta companhia aérea, serão chamados à Assembleia da República o Conselho de Administração da TAP e o ministro da tutela, que serão ouvidos já na próxima semana.

Para Paulo Neves, o Governo da República é inteiramente responsável por estes cancelamentos, uma vez que é acionista em 50% da companhia aérea TAP e como tal deve assumir a responsabilidade da gestão daquela empresa. “Se o Governo da República manda na TAP e tem administradores nomeados pelo próprio Governo, se as coisas funcionam mal, também a culpa é da própria República que não faz nada para por um ponto final naquilo que temos vivido nas últimas semanas.”

O deputado do PSD falou também nas ligações aéreas entre a Madeira e o Porto Santo, alertando que a parir do dia 5 de junho ninguém consegue fazer reservas nesta linha, quer seja residente, quer seja turista.

Isto porque apesar de já ter sido aberto o concurso público para esta linha, onde concorreram três empresas, a República continua a “assobiar para o lado” e não determina quem ganhou o concurso. “Isto é mau para o Porto Santo, isto é mau para a economia do Porto Santo e causa ansiedade aos residentes do Porto Santo”, lamentou, concluindo: “Por vezes fico com dúvidas: se isto é só incompetência ou se é mesmo de propósito. Porque são muitas coisas seguidas, que não podem ser só incompetência. Isto é mau de mais para ser por acaso.”