O PSD Madeira não aceita as alterações anunciadas pela Ministra do Ensino Superior para a redução do contingente da Região e vai usar de toda a pressão política para que a República não leve avante esta pretensão.
A garantia foi deixada, hoje, pelo deputado e líder da JSD, Bruno Melim, após a reunião com o diretor do Gabinete do Ensino Superior, João Costa e Silva, numa iniciativa conjunto do Grupo Parlamentar e da estrutura partidária da juventude.
Bruno Melim realçou que, a concretizar-se esta medida, em vez de 3,5% dos lugares disponíveis em cada curso, os estudantes da Madeira passam a ter apenas direto a 2%, o que representa uma redução de cerca de 50%.
“Ou seja, todos aqueles que se candidatem à faculdade, a partir do próximo ano, terão menos de metade que até aqui tinham, nos últimos 35 anos, em virtude uma decisão política, que não é negociada, que não é falada e em que não é dado a conhecer os seus motivos de alteração”, disse.
O deputado salientou que o Governo da República tem legitimidade para rever as condições em que se faz o acesso ao ensino superior, mas escolhe fazê-lo com “ataque àquele que é um direito constitucional também reconhecido, já há várias décadas, da continuidade territorial, nomeadamente a estudantes da Madeira e dos Açores, que não têm acesso a esses mesmos cursos nas suas regiões autónomas e são obrigados aos 18 anos a sair de casa”.
Com esta alteração e através da sua governação, referiu, “o que o Partido Socialista vem propor é uma perseguição aos sonhos dos jovens madeirenses e àquelas que são as suas intenções de fazer a sua formação superior”, salientando que esta é uma atitude política que merece o “repúdio” do PSD porque, independentemente das circunstâncias políticas, assistimos a “uma perseguição a uma conquista das autonomias”, que, para o Partido Social Democrata, “é inegociável”.
Nesse sentido, garantiu Bruno Melim, o PSD Madeira vai exercer toda pressão política para manter as regras tal como estão.