“Infelizmente, fica mais uma vez provado que o Executivo Municipal de Machico está mais preocupado em criar e em alimentar guerrilhas desnecessárias e que vão contra a vontade da população, do que em governar e resolver os muitos problemas que afetam o nosso concelho” afirmou, nesta quinta-feira, o vereador eleito pela coligação PSD/CDS Juntos Somos Machico, Norberto Ribeiro, à margem da reunião de vereação que hoje teve lugar. Declarações que surgem a propósito do Voto de Protesto apresentado pelo Executivo Municipal ao Governo Regional quanto à construção do abrigo para passageiros, junto à Escola de Santo António da Serra.
“É lamentável esta falta de sensibilidade social e este desrespeito para com aquela que é a vontade da população que reside nesta freguesia, população essa que, inconformada com esta decisão, avançou, inclusive, para um abaixo-assinado que já soma mais de duzentas assinaturas”, vinca o vereador, sublinhando que esta posição da autarquia, “com a qual não pactuamos, prejudica, de forma deliberada, os Munícipes desta localidade e é inaceitável por parte de quem foi eleito para governar para todos os cidadãos do concelho, independentemente das suas cores políticas”.
Norberto Ribeiro que, neste enquadramento, faz ainda questão de sublinhar a contradição que existe num Executivo que, recorrentemente, reclama da falta de solidariedade e de investimento do Governo Regional no concelho mas, quando ele existe, “é o primeiro a manifestar-se contra e a boicotar, com a arrogância que já lhe é habitual, intervenções que são benéficas para quem aqui vive”, frisou.
“Aquilo que esperávamos era que o Executivo Municipal de Machico confrontasse e pressionasse o Governo Regional a trazer mais investimento para o concelho e a trabalhar, ainda com mais afinco, a favor de quem aqui vive, sendo caricato ver que a Câmara Municipal afinal assume esta postura não a favor mas, sim, contra aquela que é a vontade do povo que o elegeu”, disse, lamentando que Machico seja governado por alguém que “coloca, em primeiro lugar, os seus interesses e guerrilhas partidárias, em vez de governar e servir a população, sem discriminações, em cada uma das freguesias do Município”.