Na abertura das Jornadas Parlamentares PSD/CDS, o líder parlamentar do PSD, Jaime Filipe Ramos, lembrou os desafios futuros, no contexto europeu, mas também ao nível nacional, defendendo eleições antecipadas, depois da crise provocada pelo PS, com objetivos eleitorais.
O líder parlamentar do PSD, Jaime Filipe Ramos, considera que, depois de um período de pandemia, mas que teve da parte do Governo Regional medidas adequadas nos diferentes setores, é agora altura de investir na recuperação e nos desafios futuros, salientando que a Madeira não pode perder as oportunidades oferecidas pelo ‘Next Generation EU’. “A Madeira tem de voltar a demonstrar a sua competência”, disse, ressalvando que “os fundos que aí vêm têm de ser bem aproveitados”.
“Temos de ter a capacidade de os aproveitar em prol da população, mas também temos a oportunidade de consolidar aquilo que tem sido a nossa economia e o nosso bem-estar”, afirmou, na abertura das jornadas parlamentares PSD/CDS, que decorrem no Colégio dos Jesuítas.
Jaime Filipe Ramos referiu que a Madeira precisa olhar para estes novos instrumentos financeiros da União Europeia, assim como para o quadro comunitário de apoio, como “uma oportunidade que não podemos desperdiçar”, salientando que eles serão importantes para ultrapassar as consequências sociais e económicas da pandemia e também para podermos apresentar as melhores soluções tanto ao nível da transição digital, das alterações económicas e da resiliência da economia como da construção de uma melhor sociedade.
Sobre a situação atual do país, e perante a rejeição do Orçamento do Estado para 2022, na Assembleia da República, o líder parlamentar afirmou que aquilo a que se assistiu foi à implosão do PS. “Se hoje temos uma crise política isso não se deveu ao PSD nem ao CDS. Essa crise política apenas teve origem na esquerda em Portugal e, provavelmente, do maior partido político que quer beneficiar dessa crise política.”
Jaime Filipe Ramos disse não ter qualquer dúvida em afirmar que esta “é uma crise provocada pelo PS e por António Costa para tentarem ter um benefício eleitoral”, devendo os portugueses ter a noção de que “se vamos ficar adiados durante alguns meses é porque isto interessa para a agenda partidária do PS”.
“Mais uma vez, o calculismo político e partidário prevaleceu perante o interesse nacional e isso é algo que devemos denunciar”, realçou o líder parlamentar, acrescentando que isso seria algo que tanto o PSD como o CDS nunca colocariam em causa.
Para Jaime Filipe Ramos, neste momento, a solução defendida pelo PSD é a das eleições antecipadas porque a pior coisa “que nos podiam fazer é nos darem, por mês, um duodécimo daquilo que já não interessa para o país”.