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  Quinta, 7 Outubro 2021

O deputado social-democrata Bernardo Caldeira acusou hoje o PS de “não mexer uma palha” para resolver a questão da descontinuidade territorial do Porto Santo, não se mostrando “minimamente interessados” na resolução da mobilidade aérea, mais concretamente, na ausência de ligação direta entre aquela ilha e Portugal Continental durante seis meses do ano.

“Lembro-me de referir nesta casa que os Porto-santenses não iriam perdoar tamanha traição, e de facto, assim foi”, salientou.

Pelo contrário, Bernardo Caldeira recordou que Nuno Batista e ele próprio foram a Lisboa no dia 8 de junho deste ano reunir com o líder parlamentar do PSD na Assembleia da República, com o Conselho de Administração da TAP e com a Direção da APAVT, em busca de soluções.

“A primeira batalha deu poucos frutos relativamente à TAP, mas a convite do Nuno Batista, com objetivo de criar pontes e sinergias de dimensão nacional, o Porto Santo recebeu o Presidente do Grupo Parlamentar do PSD na Assembleia da República, Dr. Adão Silva, assim como do Dr. Pedro Costa Ferreira, Presidente da APAVT para um evento denominado “O Turismo a Uma Só Voz”, que contou ainda com a presença do Secretário Regional do Turismo e Cultura, Dr. Eduardo Jesus e com o Deputado da Assembleia da República, eleito pelo círculo da Madeira, o Dr. Paulo Neves”.

Já o PS, além de nada fazer ainda ridicularizou a ida a Lisboa pelo facto de a administração da TAP ter cessado funções no dia 24 desse mesmo mês.

Mais grave, afirmou, “o partido socialista continua com o seu silêncio ensurdecedor relativamente a esta matéria”.

“Nem mesmo quando, em audição na Assembleia da República, após questionada pelo Deputado Paulo Neves, que tem sido um acérrimo defensor e aliado do Porto Santo nesta questão, a nova presidente do conselho de administração, refere que a ligação ao Porto Santo foi suspensa por seis meses por fatores económicos”.

O deputado Bernardo Caldeira ressalvou ser assim que o Governo Socialista na República olha para a Ilha do Porto Santo e para os Porto-santense: “se der lucro nós autorizamos, como no inverno não dá, mandamos suspender e deixá-los à sua sorte, deixando ainda uma nota: ai que algum socialista madeirense se atreva a dizer alguma coisa sobre o assunto.”

O deputado salientou que o PSD não pode “compactuar com esta forma de estar”, acrescentando que “é impossível ficar indiferente aos milhares de milhões de euros que são injetados na TAP com o dinheiro dos contribuintes portugueses, incluindo todos os contribuintes Porto-santenses, e ficar em silêncio sem nada fazer”.

Por isso mesmo, adiantou, o Grupo Parlamentar do PSD Madeira deu entrada de um Voto de Protesto relativamente a esta visão economicista por parte do Governo da República através da empresa de capitais públicos TAP, e que colide com a Constituição da República, no que à Continuidade Territorial diz respeito, dando a garantia aos Porto-santenses que podem contar connosco para que a nossa voz seja a vossa voz.