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Notícias
  Segunda, 12 Julho 2021

“Não é aceitável que o Município de Santana se tenha demitido das suas responsabilidades ao longo dos últimos 8 anos e não tenha conseguido atrair investimento e empresas para o concelho para, agora, a dois meses das eleições, avançar com uma Bolsa de Emprego que representa uma solução a prazo e que, mais uma vez, não garante a estabilidade de que a nossa população mais precisa” critica a vereação do PSD eleita à Câmara Municipal de Santana que hoje se absteve na votação da proposta para a criação de uma Bolsa de Emprego que “mais não é do que uma encenação política para disfarçar um problema que a autarquia não soube nem se revela capaz de resolver”.

Uma Bolsa de Emprego que, sublinham, “incentiva o trabalho precário” e que afirma mesmo, no seu regulamento, ter o objetivo de criar “oportunidades de ocupação, ainda que de curto prazo, com intuito de valorizar a autoestima dos cidadãos”. Ora, aquilo que a população de Santana precisa, particularmente as nossas famílias e os mais jovens, “não é de soluções laborais a prazo nem tampouco de medidas que não promovam, efetivamente, a estabilidade e a segurança dos postos de trabalhos, como é o caso desta proposta que não garante nem satisfaz as necessidades que o concelho atualmente precisa de colmatar”, reforça a vereação.

PSD que, denunciando a falta de estratégia da autarquia para lidar com o problema do desemprego no concelho, vai mais longe ao afirmar que “os problemas que afetam atualmente a população de Santana, têm de ser vistos, encarados e trabalhados para além do dia 26 de setembro”.

Aliás, sublinham os vereadores, “o que Santana precisa é de medidas, programas e projetos estruturais, a longo prazo, que apresentem soluções de fundo e não como estas, decididas à pressa, em reuniões marcadas à última da hora e onde são, aliás, omitidas informações de relevo capazes de sustentar as decisões a tomar, precisamente porque o Executivo não quer nem sabe justificar o porquê do que apresenta, para além do seu objetivo político e partidário”.

“Em nosso entender, esta proposta incentiva a precariedade laboral, assenta numa estratégia claramente eleitoralista e não contribui para a fixação de famílias no concelho nem para o bem-estar da população e será caso para perguntar o porquê de, estando ciente do problema, a Câmara só ter avançado agora com esta Bolsa de Emprego”, remata a vereação Social-democrata, que se afirma apostada num trabalho sério e de fundo para, também nesta área, “apresentar soluções que efetivamente resolvam as dificuldades e não sirvam apenas de cosmética política”.