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  Quinta, 15 Abril 2021

“Aquilo a que assistimos entre os Ministérios dos Negócios Estrangeiros, do Ensino Superior e da Saúde quanto ao reconhecimento das habilitações literárias dos médicos luso-descendentes, particularmente regressados da Venezuela, é um verdadeiro jogo do empurra que não só espelha a falta de diálogo interno e de articulação que existe no Governo da República como justifica o atraso com que os dossiês são tratados no nosso País” afirmou, esta semana, o deputado Paulo Neves, numa audição ao Ministro do Ensino Superior que veio confirmar que, pese embora os alertas e insistências, “o assunto continua sem avançar”.

Uma demora que, conforme sublinhou o deputado, “é inaceitável, injusta e prejudicial a ambas as partes”, tanto mais quando se conhece a realidade portuguesa e a falta de recursos que caracteriza o SNS, “com um Governo da República que, embrenhado na burocracia que ele próprio criou e alimenta, se revela incapaz de criar condições para reconhecer estes profissionais e reforçar a sua oferta de serviços de saúde aos portugueses”.

Paulo Neves que, apelando a que exista um entendimento urgente entre as várias áreas que se encontram envolvidas neste dossiê – Negócios Estrangeiros, Ensino Superior e Saúde – lembra que é preciso empenho e decisão sobre o mesmo, sob pena destes profissionais desistirem de abraçar as suas carreiras em Portugal, depois da falta de consideração e respeito com que têm vindo a ser tratados.

“Não podemos aceitar que os nossos luso-descendentes sejam tratados desta forma e esperem largos anos por um reconhecimento de habilitações que, em Países como a Espanha ou a Itália, se faz com grande rapidez e sem qualquer comparação tanto do ponto de vista do prazo em si como do ponto de vista da forma como estes recursos são tratados” sublinhou, na ocasião, o deputado eleito pelo PSD/M à Assembleia da República, garantindo que o seu partido continuará a insistir nesta questão, tanto mais quando está em causa “o respeito pelos Portugueses que, tendo vivido na Diáspora, querem ajudar Portugal e que não podem, a título algum, ser tratados como Portugueses de segunda”.