Vereadores do PSD eleitos à Câmara Municipal do Funchal manifestam-se incrédulos com a falta de ação e de responsabilidade da autarquia “que só agora e depois de um ano de pandemia é que vai ouvir os comerciantes para saber agir”, afirmando que as soluções, que deviam ser imediatas, “só devem chegar, por este andamento, em plena campanha eleitoral”
“É preciso responsabilidade, transparência e honestidade para gerir um Município e é isso que tem faltado a um Presidente que não só não apoiou os seus Munícipes conforme podia e devia, como ainda tem o desplante de afirmar que, agora e passado um ano sobre a pandemia, é que vai para o terreno ouvir os comerciantes e definir uma estratégia de atuação” afirmam os vereadores Social-democratas eleitos à Câmara Municipal do Funchal que, criticando a inércia e a falta de apoio que a autarquia tem prestado à economia local, lamentam que o Presidente do Executivo se limite “a adiar soluções e a fazer tábua rasa das graves necessidades que existem, bem como dos alertas que foram, desde há um ano, apresentados, concretamente pelo PSD”.
A auscultação ora anunciada pelo Presidente da CMF aos comerciantes, a decorrer durante este mês, “já devia ter acontecido há um ano, até como forma de minimizar as graves dificuldades que estes sentiram neste ano de pandemia”, reforçam, vincando o facto do Executivo que lidera o Funchal “ter um grave problema em distinguir os tempos em que é necessário estudar e definir e os tempos em que é preciso agir de imediato”. É caso para perguntar “onde é que o Presidente andou neste último ano?”, ironizam.
“É devido a esta postura do “deixa andar”, de quem está habituado a executar 37% e não 100% do seu Orçamento ou de quem se refugia no argumento gasto do chumbo ao Orçamento, esquecendo todos os outros que foram aprovados sem qualquer retorno pratico para a população” que o Funchal e, concretamente, os comerciantes, enfrentam, hoje, sérias dificuldades, muitas das quais que já nem vão a tempo de ser mitigadas, “assim como é graças à inércia e à incompetência desta autarquia que muitos foram obrigados a encerrar os seus negócios, a desistir dos seus projetos e a despedir trabalhadores”, sublinham.
“Exigiam-se respostas imediatas e excecionais”, frisam, ainda, lembrando que o PSD apresentou, em 2020, inúmeras propostas ao Executivo Municipal do Funchal, precisamente para atender aos problemas, na altura em que os mesmos surgiram, propostas essas que foram todas chumbadas e que, caso tivessem sido aprovadas e implementadas, poderiam ter beneficiado, de facto e no momento certo, milhares de pessoas”. Isto, acrescentam, para além das medidas que foram aprovadas em sede de Assembleia Municipal, nomeadamente a do Fundo de Recuperação para o Comércio Local, que continuam, até hoje, sem ser implementadas.