Reconhecendo o exemplo da Madeira “enquanto Região que soube convergir economicamente a nível nacional e na Europa”, Cláudia Monteiro de Aguiar e Miguel Poiares Maduro debruçaram-se sobre os grandes desafios que Portugal atualmente enfrenta e defendem que a Presidência Portuguesa do Conselho Europeu deve ser uma oportunidade para o encontro de novas soluções e respostas, também aos mais jovens
Da Conferência ontem realizada pela JSD/M, via zoom, intitulada “Portugal e a Europa. Os desafios atuais da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia” – que registou a mais alta adesão de sempre, chegando a cerca de 150 participantes – fica a certeza de que são muitos os desafios que se colocam mas que são, também, muitas as oportunidades que devem ser potenciadas a favor dos mais jovens e da criação de emprego, em áreas diversificadas que tanto passam pelo turismo quanto pela economia azul ou pelo ambiente, relativamente às quais exige-se transversalidade dos apoios, de modo a que regiões como a Madeira possam prosseguir políticas e assumir decisões que as tornem mais competitivas.
Setores-chave que carecem de mais investimento, a par da área social, onde as verbas que estão previstas nos Orçamentos Europeus são manifestamente insuficientes para fazer face às necessidades de financiamento dos diferentes países, tanto mais na conjuntura atual, altamente agravada do ponto de vista económico e social pela pandemia.
Neste contexto, os oradores abordaram o Plano de Vacinação e a importância de uma resposta à crise que deve ser “global e reforçada”, sublinhando que a definição dessa mesma resposta é urgente e carece de verbas que efetivamente correspondam às necessidades. A este propósito, Miguel Poiares Maduro referiu que “é preciso garantir que o Governo Português, durante a sua Presidência na UE, adote as medidas que forem necessárias e que não escape ao controlo dessa Presidência a fiscalização da atuação dos governos dos restantes Estados Membros”.
Ainda na área da saúde, vincaram que os fundos europeus foram fundamentais para a concretização dos projetos de vacinas mais modernas no combate ao COVID-19 e ambos concordaram com a resposta adequada a todos os Estados, vincando que o equilíbrio entre todos os países exige, também aqui, uma coordenação cujos poderes devem ser reforçados e admitindo que apesar do processo estar longe da perfeição, para países como Portugal a compra centralizada foi mais benéfica e faz com que Portugal assuma a mesma prioridade que qualquer outro país europeu, do ponto de vista da receção das vacinas.
Entre outros temas, Cláudia Monteiro de Aguiar e Miguel Poiares Maduro reconheceram, também, a importância do Centro Internacional de Negócios da Madeira, com a eurodeputada a lembrar, nesta Conferência, os sucessivos ataques perpetrados ao CINM, particularmente pela socialista Ana Gomes, condenando o facto do Governo Português não ter defendido, conforme devia e lhe competia, esta Zona Franca.