Falta ação, faltam soluções e, também, informação, por parte do Executivo, a quem foi alvo de moratórias em 2020 e que, até agora, ainda não sabe como é que vai pagar os encargos deste e do ano passado, conforme denuncia a vereadora, sublinhando a indefinição que persiste quanto ao que será feito com os 5 milhões de euros contratados pela autarquia para fazer face às necessidades decorrentes da COVID-19
“É inaceitável que, neste arranque de ano, se mantenha a mesma inércia e a mesma falta de responsabilidade por parte da Câmara Municipal do Funchal face ao muito que é necessário fazer a favor das nossas famílias, dos empresários e dos pequenos comerciantes deste concelho, cujas necessidades foram agravadas pela pandemia” afirmou, hoje, a vereadora do PSD Joana Silva, lamentando a postura do Executivo naquela que foi a primeira reunião camarária de 2021 e onde, mais uma vez, “a aplicação de medidas e de programas de apoio a quem mais precisa foi relegada para segundo plano”.
Joana Silva que, criticando a indefinição que persiste quanto ao que este Executivo pretende fazer com o empréstimo de 5 milhões de euros – contratado em 2020 para fazer face aos constrangimentos sociais e económicos decorrentes da pandemia – vai mais longe ao afirmar que não existe, neste momento, “um exemplo concreto e efetivo, uma resposta ou, sequer, uma medida prevista neste âmbito” e que todas as ajudas que venham a ser disponibilizadas já pecam por tardias, não havendo espaço para mais demoras ou adiamentos.
“Falta ação e aplicação de medidas concretas de apoio, mas falta, também, informação e sensibilidade, por parte deste Executivo, quanto ao que as famílias e as empresas deste concelho passam a estar obrigadas neste novo ano”, prossegue a Social-democrata, exemplificando, a este nível, as moratórias que foram aprovadas aos espaços concessionados pelo Município que, neste momento, já estão sem efeito.
“É preciso lembrar, por exemplo, que os comerciantes e as empresas que têm espaços concessionados pelo Município já terão de pagar, neste mês de janeiro, a renda do mês e a moratória que ficou pendente de 2020, sabendo-se que ainda não existe capacidade financeira para que as mesmas procedam a esse mesmo pagamento”, vincou Joana Silva que, para além da falta de esclarecimento, critica a forma como o processo está a ser conduzido, tanto mais quando o papel de quem gere os destinos deste concelho deveria ser “o de perceber a realidade, ouvir os Munícipes e delinear soluções que efetivamente fossem ao encontro das suas necessidades”.
“Não é esta a resposta nem a postura que os Funchalenses esperam ou precisam por parte deste Executivo, especialmente nesta fase em que o apoio social e as ajudas à recuperação económica do concelho deveriam ser uma prioridade”, rematou.